A parceria que pode vencer

Ultimamente têm-se registrado notícias em que a Polícia, seja Civil ou Militar ou Federal, tem obtido êxito praticamente por conta de denúncias que partem anonimamente da sociedade. A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 144, aduz com clareza que a Segurança Pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Portanto admite-se à segurança pública uma ajuda da sociedade, um gesto simples que provoca inúmeras providências e atitudes. Denunciar anonimamente a comercialização de um ponto de droga em uma rua oferece à polícia subsídio para averiguar com maior propriedade a materialidade da denúncia. Apontar um desmanche de motocicletas ou veículos em um galpão em um bairro é uma medida que surtirá enormes consequências para um município, prisão dos envolvidos, diminuição dos roubos e furtos na cidade, e garantir-se-á tranquilidade para aqueles que tanto são afligidos nos dias de hoje. 

Existem diversas maneiras de a sociedade organizada participar do processo de segurança pública, medidas complexas e simples. Associações de moradores, com representatividade suficiente para poder dialogar com Comandantes de Batalhões a fim de pleitear rondas em determinados horários e locais, Organizações com coro para reivindicar ante o Governo Estadual viaturas com o afã de aumentar o patrulhamento, bem como instalações de módulos etc. São formas as quais a sociedade pode interagir com as Polícias.

Uma medida tão eficiente quanto às demais, no entanto muito mais simples é a denúncia, gratuita e que assegura o anonimato pelos telefones 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil). Lembrando, porém da importância e da inestimável utilidade desses telefones, salvaguardando a sua integridade, portanto privando-lhes de telefonemas TROTES, os quais representam cerca de 49% do total de ligações que recebe uma central telefônica policial. Sem dúvida uma vergonha carregar tal lástima uma vez que um serviço destinado à garantia da segurança é bombardeado por ligações infundadas que atrapalham e congestionam todo o sistema telefônico.

Uma disputa está crescendo, outrora silenciosamente, hoje, assustadoramente, a disputa maniqueísta do bem contra o mau, o crime vem se impondo em face de estagnação adotada por algumas pessoas, políticas de que o que não vos afeta não vos pertence. Entretanto é necessário que juntemo-nos com um interesse maior, a garantia da segurança e da ordem pública. E somente assim será possível fazer frente à assombrosa maldade e criminalidade que se alastra nas ruas e cidades afora. Façamos, enquanto há tempo.

Alisson de Jesus Soares