Serviço Permutado

Dia 23 de setembro foi meu serviço habitual junto à briosa Polícia, pense em um serviço sem nenhuma alteração ao longo das dezesseis horas. Uma quinta feira entre chuva e estiagem, que nos proporcionou um dia tranquilo, sem apresentações à delegacia, registro de acidente de trânsito, conduções, etc. Não que eu queira sempre problemas, mas um pouco de atividade não é nada ruim! Levando-se em conta que é a profissão que vai de encontro ao problema, e quando se está ‘preparado’ para enfrenta-lo... é um tanto quanto frustrante não encontra-lo. Pelo menos aproveitei o momento de ‘descanso’, haja vista que trabalharia por permuta ontem, dia 24, substituindo meu colega e amigo Leonardo.
O serviço de ontem já começou diferente, com uma parada convocada pelo nosso comandante, a fim de que, aqueles que ainda estavam em ‘dívida’ com a Sala de Meios da Companhia, repusessem os cartuchos que estavam em falta. Paguei lá sete cartuchos, e fiquei quites. Fomos pra área, diferentemente de outro dia, fazia sol, um calor, foi diferente. Prendemos traficantes, apoiamos ambulâncias, muitas abordagens, até um acompanhamento de suspeito. Aquela história de que a grama do vizinho é mais verde, parece que funciona também no serviço. Parece que o serviço do outro é sempre melhor.
William
Como ia dizendo, ontem a casa caiu pra William de Souza Chaves, e pra Afrânio da Silva Mulato, aquele pela primeira vez, e este, que recém havia saído da cadeia, e da prisão, figura conhecida. Estávamos em ronda por um bairro de Teixeira de Freitas, um setor conhecido como alto do São Lourenço, em busca de uma moto vermelha que havia cometido alguns assaltos na cidade ontem, ao passar por uma esquina, vimos dois suspeitos, 
William e Afrânio
paramos a viaturas e os abordamos, ambos com mais de cem reais, de início suspeito, mas até então não encontramos nada, em perguntas habituais, como passagens anteriores, datas de entrada e saída em D.P. percebemos que William tinha dificuldade para falar, e ao abrirmos a boca dele, encontramos um involucro contendo diversas pedrinhas de CRACK, mas não foi possível precisar a quantidade, já que ele havia mastigado a embalagem enquanto estava em sua boca, mas havia cerca de 8 gramas. Ambos tinha celulares, e foram apresentados à Denarc – Departamentos de Narcóticos em Teixeira de Freitas. Onde lá ficaram bem guardadinhos. 



8 gramas de crack

R$ 225,00

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